sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Aprendendo com Zaqueu - Parte Final

   E Zaqueu, ouvindo Jesus chamar-lhe pelo nome, desceu da árvore e seguiu o Mestre que desejava ir a casa de um publicano.

   A visita de Cristo a casa de Zaqueu traz consigo uma série de significados belíssimos e profundos, nos faz entrar em sintonia com o a pedagogia do Filho do Homem e nos incita a olhar a realidade com outros olhos. Ora, Jesus tinha em sua companhia várias pessoas. Seu grupo era composto por mulheres, fariseus, pescadores, mestres da lei e agora um publicano se juntava a ele. Zaqueu passava a fazer parte dos seguidores do Nazareno.

   Todos que seguiam-no, talvez pensassem que Cristo nutria predileção por cada um, fazendo assim distinção entre um e outro. Mas não, ele os via de um único plano: todos eram filhos de Deus. Embora congregasse em torno de si várias classes, ele não fazia acepção de pessoas. Tratava "de igual pra igual" e a prova disso é que Zaqueu se encontra no perfil do Mestre. Zaqueu deixa de ser o publicano odiado por todos, e agora encontra-se cara a cara com aquele que desejava ver. Sua vida deu um giro de 360 graus, e esse foi o marco de sua conversão. O acolhimento foi essencial para que a mudança ocorresse, Cristo o admitia mesmo diante de toda fragilidade e pequenez daquele homem.

   Muito aconteceu na vida de Zaqueu depois daquele encontro, pois ele ressarciu aqueles que havia prejudicado anteriormente. Muito também poderia acontecer em nossa vida se tivéssemos a coragem que ele teve. Se não nos prendessémos tanto aos ditames hipócritas de uma sociedade onde somos constantemente forçados a negar nossa personalidade e assumir máscaras em prol de determinados aspectos. Onde nos escondemos por trás de superficialismos, sofismas e banalidades que cada vez mais nos distanciam de nós mesmos. De nossa essência e do nosso fim último.

   Cada um crê naquilo que acha correto. Mas poucos são os que se deixam atingir pelo ensinamento de Cristo e pelo anúncio da Boa Nova. Enquanto isso milhares, enfim, milhões se perdem todos os dias por não terem coragem de subir na árvore, embora esse desejo os consuma. Para onde vão, ou para onde iremos, ninguém ao certo o sabe e todos têm uma verdade em que podem fiar-se. O certo é que se fizéssemos como Zaqueu muita coisa poderia mudar. Uma delas seria o nosso modo de ver a vida. E talvez seja apenas a visão, uma questão de ponto de vista, para que tudo comece a andar nos eixos.

   Fica aí a todos o exemplo desse homem de baixa estatura e desejoso de mudança, que diante de Cristo soube tomar uma decisão concreta, e assim mudou por completo sua vida e descobriu um novo significado para sua existência. Façamos como Zaqueu, ele é um exemplo a ser seguido.

(...)

William Ubirajara da Silva

terça-feira, 4 de outubro de 2011

4 de Outubro - Dia de São Francisco de Assis






   Viva nosso Pai Seráfico, padroeiro e inspiração da OSC/RCF, que imitando os passos de Cristo nos deixou um exemplo de humildade, simplicidade e obediência a Deus Pai Criador do céu e da terra. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo, que inspirou no coração do seu servo Francisco o desejo ardente de servir aos mais pequeninos e esquecidos por um Igreja em decadência.

 Louvado seja nosso padroeiro.

sábado, 1 de outubro de 2011

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Santidade: Um Ideal Católico. Será mesmo?

   Muito se ouve falar sobre esse tema, e ainda há quem questione: é possível ser santo nos dias de hoje? Ou então: santidade é uma invenção católica ou será mesmo uma prescrição divina?

  Quem acredita que a santidade é uma invenção católica nunca leu no Antigo Testamento o trecho de Levítico capítulo 19, versículo 2. Nele recebemos a prescrição que nos ordena a santidade, e é nada mais nada menos, que da boca de Javé que saem as seguintes palavras: "sejam santos, porque Eu, Javé, o Deus de vocês, sou santo." É uma ordem expressa.

   Mas essa não e uma ordem de um papa, um padre ou um católico qualquer. É uma ordem do próprio Deus. Do nosso Criador, que ao nos criar nos fez a sua imagem e semelhança. Que inseriu no nosso interior o mesmo desejo que Ele tem em si: que todos vivam em santidade a exemplo dEle.

    E se fomos criados por Deus, por que não podemos ser santos? Por que devemos negar que no nosso íntimo temos esse desejo? Não é um desejo nosso, mas um desejo do nosso Criador e Senhor. Um desejo que nos é relembrado pelo Cristo no Novo Testamento. Uma ordem e ao mesmo tempo um chamado especial dirigido a cada ser em particular, independente de Igreja ou denominação.

   Assim, todo cristão é convidado a viver uma vida santa, que nada mais é do que a tradução da vontade de Deus no nosso dia-a-dia. E ninguém pense que a santidade não admite o erro. Ora, ela não admite a permanência no erro, já que Deus não ama o pecado, mas sim o pecador. Ele não quer pessoas estritamente perfeitas que vivem a enquadrar o próximo, condenando-o por suas ações, mas pessoas que possam compreender a essência do dom da vida em toda a sua expressão, e que saibam aprender com seus erros.
  
   Nesse contexto, a vida santa é a mais profunda tradução de uma humanidade vivida nos princípios divinos, expressos nos mandamentos ditados pelo Deus Todo Poderoso. Uma humanidade entrelaçada no amor a Deus e no amor ao próximo onde nos realizamos na prática do bem e da caridade, visto que a prática da santidade é a prática concreta do amor, que nos leva não a "olhar um para o outro, mas olhar juntos na mesma direção."

    A santidade é mais do que um convite do Deus de amor e bondade. É a adesão de cada cristão aos preceitos de uma vida plena em comunidade, onde todos são chamados a realizar o projeto de Deus e a viver nesse mundo com o olhar nas coisas do alto.

   Seria uma verdadeira benção se as pessoas deixassem de lado os seus preconceitos e buscassem viver os ensinamentos de Cristo. Sem dúvida alguma teríamos uma sociedade mais justa e fraterna, e consequentemente, mais santa e voltada para os interesses da Pátria Celeste.

   Uma utopia? Talvez, ma suma meta que pode ser alcançada se levarmos a sério esse chamado de Deus.

William Ubirajara da Silva

sábado, 17 de setembro de 2011

Aprendendo com Zaqueu – Parte I

   Passeando pelo Evangelho de Lucas deparo-me com um personagem que muito me ensinou: Zaqueu. Homem rico da cidade de Jericó, chefe dos cobradores de impostos. Um maioral entre os publicanos. Querido pelos ricos, odiado pelos pobres; enfim um homem de sua época.
   Chama-me a atenção o fato de um homem rico, um homem de posição querer ver Jesus.
   Zaqueu tinha tudo. Dinheiro, bens e tudo o que o cascalho pode oferecer a um homem. Mais um aspecto que me leva a crer o poder e o dinheiro não são lá essas coisas todas.
   Ele sentia no seu íntimo que havia uma coisa que estava faltando, e na passagem de Jesus pelas redondezas, sentiu aquele vazio que ninguém sabe explicar de onde provém, mas que arrebata até aquele que se acha o “duro na queda”! O pobre rico chegava ao ponto em que o dinheiro já não satisfazia os seus anseios mais íntimos, e o vazio começava a tomar conta do seu interior.
   E a Palavra diz que Zaqueu desejava ver Jesus. Quantas vezes não desejamos nos encontrar com o Mestre? Quando nos vimos em sérios apuros, quando o dinheiro perdeu todo o seu valor e ficamos reféns do vazio que ele traz consigo? O desejo de conhecer Jesus é o primeiro passo para nos encontrarmos, assumirmos o leme do navio que está em alto mar à deriva.
   Mas não é fácil chegar até o Mestre. É preciso superar a multidão. As vozes contrárias que nos incitam a nos distanciar, a confiar nas comodidades do mundo e esquecer a "voz que clama no deserto. Na aridez de nossa vida e na insignificancia dos nossos passos. Uma voz que nos manda ficar onde estamos, que nos manda deixar de lado o encontro e seguir em frente fazendo de conta que vivemos.
   A baixa estatura de Zaqueu o impedia de se aproximar de Cristo, mas nem por isso ele se deixou derrotar. Seu desejo era tão intenso e urgente, que decidiu subir numa figueira. Dentre suas inúmeras representações a figueira alude a Israel, suas leis códigos e crenças. Membro de uma Sociedade extremamente preconceituosa e legalista, Zaqueu, para encontra-se com Cristo, coloca-se acima de tudo isso. Ele compreendeu que é preciso deixar visões antigas e preconceitos para poder se encontrar pessoalmente com seu Senhor. E por saber que só esse encontro poderia acabar com o vazio que estava sentindo, ele fica acima das leis e das práticas vazias de sua casta.
   Chegando onde Zaqueu estava Jesus o percebe. Olha pra cima e a partir daquele momento o convida a mudar de vida. Zaqueu desça depressa, porque hoje preciso ficar em sua casa. E imediatamente ele desce. E é aqui onde fico maravilhado com a história desse publicano. Jesus o chama pelo nome, pede que ele tenha pressa e diz que hoje precisa ficar em sua casa. Não ontem, não amanhã; mas hoje. É um convite atual, urgente, nominal, irremediável.
   E Zaqueu seguiu o Mestre. Nunca mais voltou a ser o publicano.
Continua...
William Ubirajara da Silva

Fanatismo Religioso, um mal Universal

"Et cognoscetis veritatem, et veritas liberabit vos." Jo 8,32

   E a verdade vos libertará.
   
   Com estas santas palavras Nosso Senhor Jesus Cristo acolhe as autoridades dos judeus que passaram a crer no seu ensinamento. A verdade é o único caminho pelo qual podemos andar sem nos alienarmos, sem nos entregarmos ao fanatismo religioso que nos cega para a realidade do irmão que sofre.

   O Evangelho de Cristo, de um modo rasteiro, se me permitem, é fraternidade e partilha. E a única pedra no caminho da fraternidade e da partilha é o fanatismo. Quantos irmãos não preferem jogar suas práticas religiosas na cara do outro, ao invés de perguntar se ele sente fome ou não? Uns não comem carne de porco, mas negam o pão ao faminto; outros fazem jejuns extremos, enquanto olham a vida do vizinho. E assim, hoje em nossa Igreja - tão sofrida e tão dividida -  muitos morrem de fome e de sede. Não da Palavra, que hoje chega aos quatro cantos do Mundo, mas de fome. Pois a palavra é anunciada, porém somente aos ouvidos. Falta ser anunciada aos olhos. Com testemunhos concretos e verdadeiros.

   Enquanto isso os fanáticos religiosos continuam promovendo suas campanhas coletivas de alienação em massa. O Evangelho não é vivido e as mais belas pérolas de erudição e cultura são apresentadas nos inúmeros púlpitos ao redor do globo. Alienando pessoas, tornando-as escravas de uma prosperidade fajuta e desejosos de um reino de Deus que nunca lhes pertencerá.

   Por essa e outras me pergunto: até quando Senhor?

William Ubirajara da Silva

sábado, 10 de setembro de 2011

Apresentação do Círculo Paulino de Estudos Bíblicos


O Círculo Paulino de Estudos Bíblicos é uma equipe de filhos e filhas de Deus, oriundos das fileiras da OSC/RCF, que se reúnem para estudar as Sagradas Escrituras, promover e divulgar estudos bíblicos e deles tirar o sustento espiritual para a caminhada rumo a Pátria Celeste, inspirados no exemplo e no testemunho do Apóstolo Paulo e do servo do Senhor, S. Francisco de Assis.

Compreendamos agora os símbolos característicos do nosso Círculo:

Primeiro, a Filosofia do Círculo Paulino de Estudos Bíblicos: « Scientia inflat, caritas vero aedificat ». Trecho em Latim retirado da Primeira Carta aos Coríntios, do capítulo 8 e versículo 1, que quer dizer: «o conhecimento envaidece, é o amor que edifica»;

Logo depois, a Cruz (em estilo franciscano) da qual disse São Paulo: «Quanto a mim, de nada me quero gloriar, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo». Paulo abraçou com todo o amor a Cruz de Cristo, nas suas tribulações, calúnias, sofrimentos, prisão e, por fim, no seu martírio.


A espada é, sem dúvida, o grande símbolo de São Paulo. Esta espada é o símbolo do verdadeiro “soldado de Cristo”, do grande combatente e sofredor! Mas a espada sugere também o vigor penetrante da Palavra de Deus, que é “como uma espada de dois gumes”, é uma palavra cortante, que fere e cura; é uma palavra penetrante, que vai até ao mais íntimo de nós mesmos. A espada é, por fim e, sobretudo, o instrumento com que São Paulo foi martirizado em Roma, no tempo da perseguição de Nero, nos anos 64 a 65.

Não podia faltar, entre os símbolos paulinos, o grande livro, que representa os escritos de São Paulo, as suas treze Cartas, que têm um forte conteúdo espiritual para a comunidade cristã;

A chama, que exprime a paixão ardente, o fogo da caridade, o calor da ternura paterna e do amor maternal, com que São Paulo formou e gerou pelo evangelho tantos filhos para a fé. Esta chama manifesta ainda a extrema afetividade e calor humano que Paulo mantém com todos os seus colaboradores e fiéis.

As letras gregas Alfa e Ômega exprimem a fé em Cristo Ressuscitado, modelo e motivo de inspiração que nos leva a reunirmo-nos no intuito de conhecer as Sagradas Escrituras.

Por fim, o termo latino VERITAS. Verdade. É a força motriz que nos leva a busca Cristo, caminho verdade e vida. Fim único dos nossos esforços e das nossas energias.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Mensagem do Dia

"Irmãos, não acho que eu já tenha alcançado o prêmio, mas uma coisa eu peço: esqueço-me do que fica para trás e avanço para o que está na frente. Lanço-me em direção à meta, em vista do prêmio do alto, que Deus nos chama a receber em Jesus Cristo."
Filipenses 3,13-14

quarta-feira, 9 de março de 2011

Campanha da Fraternidade 2011

Tema: Fraternidade e a Vida no Planeta.
Lema "A Criação Geme em Dores de parto" (Rm 8,22).


APRESENTAÇÃO

   A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe a cada ano, através da Campanha da Fraternidade (CF), um itinerário evangelizador fortemente voltado para a conversão pessoal e comunitária, em preparação à Páscoa. Em 2011, a CF atinge um marco importante pela 47ª vez!
   Os objetivos gerais da CF são sempre os mesmos e decorrem da missão evangelizadora que a Igreja recebeu de Jesus Cristo: em vista do mandamento do amor fraterno, despertar e nutrir o espírito comunitário no meio do povo e a verdadeira solidariedade na busca do bem comum; educar para a vida fraterna, a partir da justiça e do amor, que são exigências centrais do Evangelho; renovar a consciência sobre a responsabilidade de todos na ação evangelizadora da Igreja, na promoção humana e na edificação de uma sociedade justa e solidária.
   Durante esses quarenta e sete anos, a CF passou por três fases distintas: no início, os temas eram mais relacionados com a renovação da Igreja (1964 e 1965) e a renovação pessoal do cristão (1966 a 1972). Na segunda fase (1973 a 1984), a preocupação era mais voltada para a realidade social mediante a denúncia do pecado social e a promoção da justiça (Gaudium ET Spes, Medellín e Puebla). Na terceira fase (de 1985 até o presente), a Igreja no Brasil propõe temas de reflexão e conversão relativos às várias situações sociais e existenciais do povo brasileiro, que requerem maior fraternidade.
   Em 2011 estaremos falando sobre meio ambiente, a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas – causas e conseqüências. Tema: Fraternidade e a Vida no Planeta; Lema "A Criação Geme em Dores de parto", (Rm 8,22). Não há como não se dar conta que esta campanha esta ligada a Campanha de 2010, ora o fator econômico não esta relacionado à situação de nosso planeta hoje? Somos todos moradores de uma mesma casa, gostando disso ou não estamos interligados. Não há como simplesmente virar as costas e não se importar, afinal se ocorresse uma catástrofe a nível global para onde iríamos? Aquecimento global, mudanças geológicas nada mais é do que reações as nossas ações. A Campanha da Fraternidade de 2011, de maneira primorosa como sempre, vem justamente nos alertar desta verdade tudo o que fazemos pode prejudicar ou ajudar a salvar nosso planeta nos dá a oportunidade de como uma família sentarmos juntos e elaborarmos ações para salvar a nossa casa.
   Em cada catástrofe seja ela terremotos, inundações, podemos sentir o planeta gemer, e a humanidade fazendo o mesmo, este gemido tem uma conotação de tristeza imensa. Ainda estamos em tempo hábil para reverter esta situação podemos transformar estes gemidos de dor em gemidos de amor e de esperança, sim podemos iniciar um período de gestação e após este período em que nos organizaremos com ações que ajudem a preservar o meio ambiente, receberemos de volta um planeta saudável, resgataremos o planeta que nos foi dado por Deus.
   Esta campanha não é uma utopia e sim um alerta de que atitudes devem ser tomadas, não por uma minoria, mas por um todo, este planeta é nossa casa, precisamos ser fraternos, gerar ações que nos levem ao bem comum.
   E para reforçar nossas expectativas aos Gestos Concretos que com certeza surgirão em nossas Paróquias, Sociedade através da conversão individual e coletiva nesta quaresma, sugerimos para nos estimular ao amor fraterno entre irmãos e irmãs comprometidos com o Meio Ambiente, louvarmos ao Senhor como São Francisco de Assis o fez por todas as criaturas que fazem parte da vida planetária.
   Que a oração em que São Francisco louva a Deus pelas criaturas, nos inspire novas atitudes e nos ajude a ser transformados pelo Espírito de Deus de modo a resgatarmos atitudes de quem cultiva e cuida do seu jardim, esta obra maravilhosa, que hoje requer socorro dos autênticos filhos de Deus, e de todos aqueles que empreendem ações sinceras e despojadas em favor do planeta.

Quarta Feira de Cinzas

Memento homo, quia pulvis es, et in pulverem reverteris (1).

(1) Lembra-te homem, que és pó, e em pó te hás de converter.

   Esta sem dúvida deve ser a certeza que cada cristão deve carregar. Somos pó, e ao pó voltaremos. Nossa estada nessa terra é passageira. 
   A Quarta feira de Cinzas é o ponto de partida para a Quaresma. Tempo de penitência e conversão, chamado ao encontro com Deus e momento de interioridade pessoal. Durante esse período especial, vivido por toda a Igreja somos convidados a rever nossa vida; a trajetória dos nossos passos, os erros e acertos da caminhada e a  condição pequenez e fragilidade de nossa existência humana.
   Mais do que isso, somos levados a refletir sobre a temporariedade da vida, e ainda mais sobre o que estamos fazendo nas trilhas rumo a "Pátria Celeste".
   Como dizia anteriormente, como seres humanos, temos que nos reconhecer pequenos diante da imensidão que é Deus. E ainda, que Deus nos fez a Sua imagem e semelhança desejoso que participássemos de sua glória. Santo Agostinho assim nos ensina: "criastes-nos para Vós e o nosso coração vive inquieto, enquanto não repousa em vós."
   O início da Quaresma é o chamado que todos necessitamos. É preciso rever nossa conduta como filhos e filhas de Deus, e este é o tempo propício. Tempo de reconhecer que sem Deus somos simplesmente pó;  que sem Deus nossa existência nada significa, e que sem ele seremos pó que se dissipa com a força do vento das tempestades da vida.
   Que durante esse período possamos ter um encontro especial com o Altíssimo, e que todos reconheçamos nossa pequenez, para assim merecermos o abraço do pai misericordioso, assim como aquele filho que volta e enfim reconcilia-se com seu pai.
    A todos os irmãos e irmãs, confrades da OSC/RCF, desejo-lhes uma Quaresma abençoada e rica de encontros com Cristo e que a misericórdia de Deus desça sobre todos vocês.

Sd OSC/RCF William

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Breve Histórico da Vida de Santa Teresinha Segunda Parte

   Preparou-se com afinco para sua primeira comunhão, para receber o "primeiro beijo na alma", como ela chamava. Na sua infância começou a ler a Imitação de Cristo, livro que a acompanhou e marcou toda sua vida. No Natal de 1886 deu-se o momento de total transformação em Teresinha. Ouviu uma frase de seu pai que a fez chorar, um choro de mudança e conversão. Ela mesma admitiu que deixaria de ser criança e começaria a ter uma postura adulta, sem contudo deixar de ser criança diante do Senhor. Começou a não mais viver para si, mas para os outros e a preocupar-se com a felicidade dos outros.




   Outros momentos importantes em sua vida são: a viagem à Itália, a entrada no Carmelo, a doença do pai, suas dificuldades na oração. Era uma ótima psicóloga e sabia administrar muito bem os conflitos e sofrimentos em sua vida. Propunha-se a não se queixar. Sabia tudo oferecer ao Amor Misericordioso, a quem se ofereceu pela salvação dos pecadores e a santificação dos sacerdotes. Os dois últimos anos de sua vida  foram muito intensos. A doença (tuberculose) a faz amadurecer, tornando-a apta para descobrir a alegria na dor como participação nos sofrimentos de Jesus e nos tantos irmãos que viviam à margem da vida e que por muitos preconceitos eram marginalizados.
   Madre Inês pode perceber a riqueza de sua irmã e escreveu as lembranças de sua irmã. Impressiona o fato da austera Madre Maria de Gonzaga ter permitido a Celina, ingressando no Carmelo, trazer consigo uma máquina fotográfica e poder usá-la a vontade. Segredos da Santa Providência. De nenhuma outra santa e santo temos um álbum fotográfico tão precioso e rico quanto o da nossa santinha.





   Seus últimos meses de vida, maio a setembro de 1897, foram marcados pelas últimas palavras que pronunciava, as respostas que dava às perguntas que lhe faziam. Tudo foi fielmente documentado por Madre Inês, que escrevia tudo, até a noite de 30 de stembro, às 19 horas e 20 minutos, quando morreu repetindo a profissão de fé que fez durante toda sua vida: "Meu Deus, eu vos amo...eu vos amo".

 Retirado do Livreto Orando com a Bíblia, Santa Teresa D' Ávila e Santa Teresinha. Autora: Jussara Lima Dias. Edições Shalom.1998

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Breve Histórico da Vida de Santa Teresinha Primeira Parte





   Santa Teresinha nasceu em Alênçon - França, no dia 02 de janeiro de 1873. Filha de Luiz Martin e Zélia Guérin. Seu pai não pôde sewr monge beneditino por não saber latim e sua mãe foi recusada pelas irmãs Vicentinas. Casaram-se mas desejavam viver como irmãos. Um confessor os dissuadiu desse propósito e tiveram nove filhos. Desejavam ter um filho para se tornar sacerdote. Tiveram dois, mas morreram. Das cinco filhas que sobreviveram, todas se tornaram religiosas: quatro Carmelitas Descalças e uma Visitandina.



   Assim que Teresinha nasceu recomeçou a preocupação da mãe por sua fragilidade e doenças, tinha medo de perdê-la como aos outros. Arranjou-lhe uma ama de leite.
   Em pouco tempo se refez. Tornou-se o centro das atenções da família. Com dois anos aprendeu a rezar e tomou a decisão de ser religiosa. Com apenas três anos assumiu a atitude de não negar nada ao Bom Deus. A morte da sua mãe marcou profundamente a sua infância. Ela tinha apenas quatro anos e meio, não se lembrava de tudo, mas não conseguiu esquecer o último beijo que deu na mãe morta. Isso lançou-a num grande vazio interir. Por isso elegeu logo outra mãe: sua irmã Maria, e depois Paulina (Madre Inês). O senhor Martin se mudou para Lisieux com a família.




   Teresinha sofreu uma estranha enfermidade, talvez pela saudade da mãe que lhe causou uma carência afetiva. Foi curada por uma visão que teve de Nossa Senhora lhe sorrindo.

Continua... 

A Sabedoria de Santa Teresinha do Menino Jesus






"Aquele, cujo Reino não é deste mundo, mostrou-me que a verdadeira sabedoria consiste em querer ser ignorada e tida por nada, em fazer constar a alegria no desprezo de si mesmo... Oh! como o de Jesus, queria que meu rosto ficasse realmente velado, e que na terra ninguém me reconhecesse."

sábado, 5 de fevereiro de 2011

A OSC/RCF e a Virgem Maria





  
   O Soldado de Cristo é aquele cristão que vê em Jesus o único mediador entre Deus e os homens, mas que nunca dispensa a intercessão da Mãe do Salvador.
   Uma das características mais marcantes da OSC/RCF é o amor a Virgem Santíssima. Mas não um amor exagerado, e sem controle; que chegue às raias do fanatismo. O amor do Soldado de Cristo a Maria Santíssima não se baseia somente no mero sentimento vazio, mas se traduz na consagração da vida e dos propósitos a Virgem.Uma consagração que leva o Soldado a uma intimidade maior com o Salvador, por meio daquela que deu-lhe a vida e sempre esteve ao seu lado.
   "A consagração a Maria é  também o olhar confiante e atento em direção àquela que é mãe; é caminhar de mãos dadas com ela; é confiança sem limites na sua missão; é certeza de estar em boas mãos. Não são, estas, atitudes irresponsáveis, pelo contrário: a confiança em Maria querdizer viver em plenitude a vida cristã, fazendo a experiência da especial presença de Maria, que caracteriza a vida do discípulo do Senhor desde o momento da doação de Cristo morrendo na cruz."(O Mílite Número 215*Outubro de 2008*Pág 31)
   Outro aspecto fundamental da devoção mariana dentro da OSC/RCF é o fato de buscarmos sempre conhecermos a Mãe de Nosso Salvador e nossa Mãe. Todos nossos passos nessa devoção são regulados por um grande Santo da Igreja: São Luiz Maria de Montfort.
   Em seu escrito máximo, o Tratado da Verdadeira Devoção a Santíssima Virgem, ele nos ensina como devemos nos dirigir a Maria, de um modo onde jamais coloquemos o amor a ela acima do amor ao seu Divino Filho Jesus.
   Assim procedendo, toda a OSC/RCF se coloca nas mãos de Deus por meio das mãos de Maria, aquela que deu o Sim ao Pai, e que nos ensinou que devemos "fazer tudo o que Ele disser".

 Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós!
   

Programa Anuncia-me

   A OSC/RCF é um Movimento que visa o Anúncio da Palavra de Deus a todos os irmãos em todos os lugares. Para evangelizarmos utilizamos vários meios. O importante é que o Evangelho chegue a todos os lares, e nada melhor que as ondas do rádio para atingirmos esse fim.
   Foi com esse intuito que no dia 15/06/2006 os irmãos reuniram-se na residencia do Sd OSC/RCF Janiedson para planejar essa nova empreitada. A idéia inicial era pedirmos ao senhor Anchieta Alves um horário na Rádio Comunitária Cristo Redentor FM. E assim fizemos. Munidos pela inspiração do Espírito Santo e cheios de zelo pelo Evangelho, procuramos o gestor da referida emissora de rádio e exponhos a ele nossos ideais. De imediato ele nos acolheu, e nos disponibilizou um horário. Começava aí a história da OSC/RCF nas ondas do rádio, com o programa que ficou conhecido como Anuncia-me.
   Nossa Ordem conseguiu um horário na programação da RCFM, e o nosso programa passou a ir ao ar todos os domingos sob o comando dos Sd's OSC/RCF Josué Martins, Manoel Mendes, Janiedson Lima, João Paulo Nascimento, José Wiltenberg, Côca, Simone e demais irmãos da fraternidade; estes, por sua vez revezavam-se aos domingos para levar ao ar uma programação cristã aos lares da população carnaíbana e cidades circunvizinhas.
   Com o passar do tempo surgiram algumas mudanças, mas a OSC/RCF sempre manteve-se firme e fiel aos seus princípios basilares. O Programa Anuncia-me passou por muitas reformulações, todavia seu conteúdo e finalidade permanecem os mesmos: levar o Evangelho aos lares cristãos e promover uma formação mais profunda dentro da comunidade católica em vista do bem comum.
   Hoje nosso Programa continua indo ao ar todos os domingos, das 10h da manhã até as 11h, sob o comando do nosso compententíssimo irmão Sd OSC/RCF Dom Gildário, que com muito amor e dedicação leva a Palavra de Deus aos lares carnaíbanos.
   Convidamos todos os irmãos e irmãs a ouvirem com atenção todos os domingos o Programa Anuncia-me. Fazendo isso, sem dúvida alguma você estará tendo um encontro pessoal com Deus, e sem dúvida alguma a graça divina estará sempre presente em seus lares.

 Sd OSC/RCF Dom Gildário
 Apresentador do Programa Anuncia-me

Família OSC/RCF

Unidade, Fraternidade e Serviço

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

As influências do Tau em Francisco


As duas maiores influências diretas em Francisco, em relação ao TAU, foram os antonianos e o Quarto Concílio Laterano.

São Francisco tomou o TAU e seu significado dos antonianos. Eles eram uma comunidade religiosa masculina, fundada em 1095, cuja única função era cuidar dos leprosos.
Em seus hábitos era pintada uma grande cruz. Francisco tinha relações muito familiares com eles, porque trabalhavam na leprosaria de Assis, no Hospital de São Brás, em Roma, onde Francisco esteve hospedado.

No princípio da sua transformação interior, Francisco encontrou os antonianos e o símbolo do TAU. Mas a influência mais forte que fez do TAU um símbolo tão querido para Francisco e pela qual ele passou a usá-lo como sua assinatura, foi a do Concílio de Latrão. 

Os historiadores defendem que Francisco estava presente nesse Concílio, no qual o Papa Inocêncio III fez o discurso de abertura, incorporando em sua homilia a passagem de Ezequiel (9,4) que diz que os eleitos, os escolhidos serão marcados com o sinal do TAU: "Percorre a cidade, o centro de Jerusalém, e marca com uma cruz na fronte os que gemem e suspiram devido a grandes abominações que na cidade se cometem" e acrescenta: "O TAU é a última letra do alfabeto hebraico e a sua forma representa a cruz, exatamente tal e qual foi a cruz antes de nela ser fixada a placa com inscrição de Pilatos. O TAU é o sinal que o homem porta na fronte quando - como diz o apóstolo - crucifica o corpo com os seus pecados quando diz: 'Não quero gloriar-me a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo foi crucificado para mim, e eu para o mundo' (...) Sejam portanto, mestres desta cruz!

Simples e basicamente, o TAU representa a CRUZ. 
Os Concílios da Igreja foram convocados para reformar a Igreja, cabeça e membros. Assim o grande tema da Reforma: pessoal, interior, conversão constante e mudança de vida. Aqueles que deviam comprometer-se com a conversão contínua, uma vida de constante penitência, deviam ser marcados com o TAU.

O TAU para Francisco é um sinal da certeza de salvação; é o sinal de universalidade da salvação e é o símbolo da conversão contínua.

Se tu permites ser marcado com o TAU ou usas o TAU, tu estás dizendo que te comprometeste com a conversão contínua, isto é, com o tema da Espiritualidade Franciscana. Não que tu estejas convertido de uma só vez, mas dia a dia, mês após mês, ano após ano, tu conservas o teu olhar fixo no Senhor como tua única meta, e caminhas em direção a ele com a mente indivisa.

Quando Inocêncio III terminou sua homilia com "SEJAM OS CAMPEÕES DO TAU!" Francisco tomou estas palavras como dirigidas a ele e fez do TAU seu próprio símbolo, o símbolo de sua Ordem, de sua assinatura; mandou pintá-lo em toda parte e teve grande devoção a ele até o fim de sua vida.

Sejam os campeões do TAU!"

A OSC/RCF e o Tau


O TAU é uma cruz com a forma da letra grega TAU (T). Além de ser um símbolo Bíblico é a última letra do alfabeto hebraico e a 19ª do grego, derivado dos Fenícios e correspondente ao "T" em Português.
Na bíblia o profeta Ezequiel ouviu Deus:
Na Bíblia o "Tau" foi utilizado pelo profeta Ezequiel: "E a glória de Deus de Israel se levantou do querubim sobre o qual estava, e passou para a entrada da casa e clamou ao homem vestido de linho branco, que trazia o tinteiro de escrivão à sua cintura. E disse-lhe o Senhor: passa pelo centro de Jerusalém e marca com um T as testas dos homens que suspiram e que gemem por causa de todas as abominações que se cometem na cidade". (Ez 9-3,4)
O Tau é a mais antiga grafia em forma de cruz e significa Verdade, Palavra, Luz, Poder e Força da mente direcionada para um grande bem.
O Tau, é a convergência das duas linhas: verticalidade e horizontalidade, significam o encontro entre o Céu e a Terra. Divino e Humano.
Em 1215 o Papa Inocêncio III prega um novo símbolo cristão e São Francisco, estando presente neste reunião, assume o Tau como símbolo de sua Ordem Religiosa: a Ordem dos Frades Menores.
Santa Clara, quando tratava dos doentes e enfermos com a imposição do TAU, invocava a Deus que curasse aqueles que padeciam e sofriam.
No Tau de São Francisco há três nós representando seus votos perante a Deus: Pobreza, Obediência e Castidade.

Significado do Tau
o    Lembrança da Redenção, da Cruz, do Amor.
o    Sinal de penitência e conversão interior.
o    Sinal de dor pelos pecados do mundo.
o    Rumo a uma espiritualidade sadia.
o    Recordação do nosso batismo.
o    Filhos de Deus.
o    Sinal dos que sofrem.
o    Sinal de Salvação.
S. Francisco selava o que escrevia com o TAU, para significar a densidade do amor de Deus, concretizada na Cruz do Cristo, sinal de Salvação. Assim podemos ver na mensagem que redigiu a Frei Leão, e que este conservou até ao fim dos seus dias. Hoje está em exibição na Basílica de S. Francisco em Assis.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O Franciscanismo dentro da OSC/RCF



   Umas das características mais marcantes da OSC/RCF é o caráter franciscano que o movimento foi desenvolvendo ao longo de seu trajeto no caminho da evangelização em solo Carnaibano. Esse caráter foi determinante para que a união e convivência entre os membros da nascente Ordem fosse aos poucos sendo solidificada.
   A convivência em harmonia entre os irmãos Soldados de Cristo, tem se dado não somente com base nos princípios do Santo Evangelho, mas também nos ensinamentos e filosofias do nosso querido padroeiro. A oração de São Francisco traduz claramente o perfil do Soldado de Cristo, e é, portanto, um referencial na comunidade cristã formada por esses membros.
   Portanto, a cada de dia que se passa, somos convidados a viver com excelência os ensinamentos do Senhor Jesus, e o melhor modo que achamos foi por meio dos passos do Poverello de Assis.
   Ele com sua simplicidade e com seu carisma nos ensina o modo correto de viver em comunidade, mas não numa comunidade qualquer, e sim em comum unidade com a Igreja e com os irmãos. Vivendo os princípios básicos do Evangelho de Cristo: a Fraternidade, a Partilha e o Amor Desinteressado.
   A exemplo do nosso pai espiritual, toda a OSC/RCF ecoa um cântico de louvor a Deus, em agradecimento pelo dom maior, o Dom da Vida. E celebrando a vida, o amor de Deus e o amor ao próximo, oramos todos juntos a Oração do nosso amado padroeiro:

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor,
Onde houver ofensa , que eu leve o perdão,
Onde houver discórdia, que eu leve a união,
Onde houver dúvida, que eu leve a fé,
Onde houver erro, que eu leve a verdade,
Onde houver desespero, que eu leve a esperança,
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria,
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, fazei que eu procure mais
consolar que ser consolado;
compreender que ser compreendido,
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe
é perdoando que se é perdoado
e é morrendo que se nasce para a vida eterna...

O Soldado de Cristo e a Divina Misericórdia




   A missão de todo Soldado de Cristo coloca-o frente a frente com aquele que sofre, e que de um modo ou de outro, encontra-se marginilizado. Apresentar a essas pessoas o Evangelho de Cristo,é mais que uma tarefa árdua e necessária, é não somente anunciar o Senhor Jesus como nosso Salvador, mas também apresentar-lhes a sua Misericórdia Infinita.
   "A mentalidade contemporânea, talvez mais do que a do homem do passado, parece opor-se ao Deus de misericórdia e, além disso, tende a separar da vida e a tirar do coração do homem a própria idéia de misericórdia." O Soldado de Cristo, ciente deste fato, deverá sempre apresentar em seu proceder e em sua vida, o olhar misericordioso do Senhor Jesus.
   "A palavra e o conceito de misericórdia parecem causar mal-estar no homem, o qual, graças ao enorme desenvolvimento da ciência e da técnica, nunca antes verificado na história, se tornou senhor da terra, a subjugou e a dominou." Portanto, faz parte da Espiritualidade do Soldado de Cristo o zelo pelas obras de misericórdia, nunca esquecendo de que o Senhor Jesus, muitas vezes fez um apelo para que o Povo de Deus fosse misericordioso.
   Dessa maneira, a Devoção e a Prática da Misericórdia dentro da OSC/RCF deve ser entendida como um dos focos principas pelo qual o Soldado de Cristo deve ascender até o Cristo. Servindo o irmão humildemente,  e sempre com o olhar fixo em Jesus, o Soldado de Cristo é levado a compreender a essência do Amor de Deus e, consegüentemente, o próprio sentido de sua existência.

Nota - Os trechos em itálico e aspas são da Carta Encíclica Dives in Misericordia, do Papa João Paulo II

Família OSC/RCF

Natal da OSC/RCF ano de 2007, Capela de Santa Luzia

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

O Lema da OSC/RCF

   Todo Movimento tem um lema, que o impulsiona a continuar sempre em frente rumo a Evangelização. Com a OSC/RCF não foi diferente. Assim que começamos foi uma das primeiras coisas que definimos, e inspirados no Evangelho de São Marcos escolhemos o seguinte: "Ide pelo mundo inteiro e anunciem a Boa Notícia para toda a humanidade." (Marcos 16,15)
   É com base nessas palavras do próprio Cristo, que nós os Soldados de Cristo, nos lançamos nos mares da vida para anunciar o Senhor Ressuscitado. Unidos pelos laços sagrados do Santo Crisma e congregados sob a bandeira do Poverello e da flor de Lisieux.
   Essas palavras são mais que um mandado do Mestre de Nazaré, são o combustível e a força motriz do nosso apostolado e da nossa missão. Por meio delas somos levados a confiar que em tudo o que fazemos tem a marca do Senhor Jesus e que todo o nosso esforço é e deve ser unica e exclusivamente para "honra e glória do Senhor Jesus e do seu Reino."
  

Canções que marcaram a OSC/RCF

   Durante esses 8 anos de caminhada, muitas canções cristãs marcaram os nossos passos e nossas vidas ,entretanto, destacamos aqui três canções que fazem parte da vida dos Soldados de Cristo. Elas fazem parte do patrimônio espiritual de nossa Ordem e sempre que tocadas, infundem em nossos espíritos o desejo de servir a Deus.
   A primeira é especial, e é a preferida do atual Comandante Geral da OSC/RCF, o irmão Sd OSC/RCF Dom José Pereira. E a canção de nosso irmão é Alô,meu Deus. Composição do Padre Zezinho:

Alô, meu Deus
Composição: Padre Zezinho

Alô meu Deus,
fazia tanto tempo
que eu não mais te procurava.
Alô meu Deus,
senti saudades tuas
e acabei voltando aqui.
Andei por mil caminhos
e, como as andorinhas,
eu vim fazer meu ninho
em tua casa e repousar.
Embora eu me afastasse
e andasse desligado,
meu coração cansado,
resolveu voltar.

Eu não me acostumei,
nas terras onde andei.
Eu não me acostumei,
nas terras onde andei.

Alô meu Deus,
fazia tanto tempo
que eu não mais te procurava.
Alô meu Deus,
senti saudades tuas
e acabei voltando aqui.
Gastei a minha herança,
comprando só matéria,
restou-me a esperança
de outra vez te encontrar.
Voltei arrependido,
e volto convencido,
meu coração ferido
que este é o meu lugar.

   A segunda canção é especial pelo fato de ser o tema de abertura do nosso Programa, que vai ao ar todos os domingos, pela Rádio Cristo Redentor FM de Carnaíba; sob o comando do Sd OSC/RCF Dom Gildário. O nome do Programa é o mesmo da Canção: Anuncia-me, composição do Padre Jonas Abib:

 Anuncia-me
 Padre Jonas Abib

Anda no pecado o Meu povo escolhido,
Não encontro sequer um coração contrito
Disse-me o Senhor: Vai falar por Mim, anuncia-Me.
Vai falar por mim, anuncia-Me.
Eu não sei falar, sou apenas uma criança
Ah eu não sei falar, sou apenas uma criança.
Tenho medo Senhor, / vem falar por mim, misericórdia
Tens a vocação de não calar a minha voz
Vamos coragem grita Meu amor entre as nações
Disse-me o Senhor: / Vai falar por Mim, anuncia-Me
Tão pequeno sou até os homens temo,
Como falar Senhor, de um Deus tão Grande e Terno?
Tenho medo Senhor, / vem falar por mim, misericórdia
Não há o que temer, sou Eu quem falarei em ti
Não há o que temer, sou Eu quem falarei em ti
Pois estou contigo / para te livrar, confia em Mim.
Vai, confia em mim, anuncia-Me!
Vai confia em mim, anuncia-me!
Vai!

   E a terceira e última, é uma canção que cantávamos sempre quando estávamos em missão pelos sítios e redondezas de Carnaíba, levando o Evangelho aos irmãos. Era um pedido de um irmão nosso, que hoje não congrega mais conosco: o irmão Wiltenberg. Bons tempos,irmão!O nome da canção é Compromisso, e sempre cantávamos juntos:

 Compromisso
 Canção Nova

Nas montanhas resplandece a glória de Deus.
O sol brilha nas colinas,
Meu coração também brilha de amor por Jesus.
Como um pássaro quero pousar nas mãos do Senhor.
Pequeno pássaro, sempre cantar seu louvor.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Minha Vida Jesus entreguei a ti,
me comprometi: entregar por amor.
Vem, Senhor, confirmar essa decisão
de morrer pelo irmão se preciso for.
Dá-me a graça da fidelidade,
que eu caminhe na verdade com amor no coração
Assumindo o compromisso
que fiz com Jesus Cristo e com meus irmãos.

   Essas são apenas as músicas mais importantes, aquelas que nos impulsionam com mais ardor e nos dão mais ânimo para continuar batalhando.

Os Padroeiros da OSC/RCF

   A Ordem dos Soldados de Cristo, é por excelência um Movimento Franciscano e Teresiano. Nasceu especificamente sob a bandeira do Poverello de Assis e cresceu nutrindo-se dos ensinamentos de Cristo por meio do Evangelho e dos escritos  de Santa Teresinha do Menino Jesus.
   Escolhendo  São Francisco de Assis e Santa Teresinha como Padroeiros, a OSC/RCF coloca assim, todos os seus membros sob a proteção especial desses dois santos espetaculares. Eles são exemplos de obediência e serviço a Cristo. Além disso, foram pessoas que souberam escutar a voz do Salvador e se dispuseram a servi-Lo doando-se completamente a causa do Evangelho.

 São Francisco de Assis

 
   Para os Soldados de Cristo, são como setas a indicar o caminho de Cristo, e nos ensinam sobre o modo como devemos estar sempre dispostos a evangelizar, ou seja, tornar o Reino de Deus vivo e atuante no seio da Sociedade.


Santa Teresinha do Menino Jesus
   
   Seguindo os passos desse santo homem e desta santa mulher, queremos a exemplo dele e dela servir a Nosso Senhor Jesus Cristo, na humildade e na simplicidade. Esta deve ser a característica do Soldado de Cristo.

 São Francisco de Assis e Santa Teresinha do Menino Jesus, Rogai por nós!