quarta-feira, 9 de março de 2011

Campanha da Fraternidade 2011

Tema: Fraternidade e a Vida no Planeta.
Lema "A Criação Geme em Dores de parto" (Rm 8,22).


APRESENTAÇÃO

   A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) propõe a cada ano, através da Campanha da Fraternidade (CF), um itinerário evangelizador fortemente voltado para a conversão pessoal e comunitária, em preparação à Páscoa. Em 2011, a CF atinge um marco importante pela 47ª vez!
   Os objetivos gerais da CF são sempre os mesmos e decorrem da missão evangelizadora que a Igreja recebeu de Jesus Cristo: em vista do mandamento do amor fraterno, despertar e nutrir o espírito comunitário no meio do povo e a verdadeira solidariedade na busca do bem comum; educar para a vida fraterna, a partir da justiça e do amor, que são exigências centrais do Evangelho; renovar a consciência sobre a responsabilidade de todos na ação evangelizadora da Igreja, na promoção humana e na edificação de uma sociedade justa e solidária.
   Durante esses quarenta e sete anos, a CF passou por três fases distintas: no início, os temas eram mais relacionados com a renovação da Igreja (1964 e 1965) e a renovação pessoal do cristão (1966 a 1972). Na segunda fase (1973 a 1984), a preocupação era mais voltada para a realidade social mediante a denúncia do pecado social e a promoção da justiça (Gaudium ET Spes, Medellín e Puebla). Na terceira fase (de 1985 até o presente), a Igreja no Brasil propõe temas de reflexão e conversão relativos às várias situações sociais e existenciais do povo brasileiro, que requerem maior fraternidade.
   Em 2011 estaremos falando sobre meio ambiente, a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas – causas e conseqüências. Tema: Fraternidade e a Vida no Planeta; Lema "A Criação Geme em Dores de parto", (Rm 8,22). Não há como não se dar conta que esta campanha esta ligada a Campanha de 2010, ora o fator econômico não esta relacionado à situação de nosso planeta hoje? Somos todos moradores de uma mesma casa, gostando disso ou não estamos interligados. Não há como simplesmente virar as costas e não se importar, afinal se ocorresse uma catástrofe a nível global para onde iríamos? Aquecimento global, mudanças geológicas nada mais é do que reações as nossas ações. A Campanha da Fraternidade de 2011, de maneira primorosa como sempre, vem justamente nos alertar desta verdade tudo o que fazemos pode prejudicar ou ajudar a salvar nosso planeta nos dá a oportunidade de como uma família sentarmos juntos e elaborarmos ações para salvar a nossa casa.
   Em cada catástrofe seja ela terremotos, inundações, podemos sentir o planeta gemer, e a humanidade fazendo o mesmo, este gemido tem uma conotação de tristeza imensa. Ainda estamos em tempo hábil para reverter esta situação podemos transformar estes gemidos de dor em gemidos de amor e de esperança, sim podemos iniciar um período de gestação e após este período em que nos organizaremos com ações que ajudem a preservar o meio ambiente, receberemos de volta um planeta saudável, resgataremos o planeta que nos foi dado por Deus.
   Esta campanha não é uma utopia e sim um alerta de que atitudes devem ser tomadas, não por uma minoria, mas por um todo, este planeta é nossa casa, precisamos ser fraternos, gerar ações que nos levem ao bem comum.
   E para reforçar nossas expectativas aos Gestos Concretos que com certeza surgirão em nossas Paróquias, Sociedade através da conversão individual e coletiva nesta quaresma, sugerimos para nos estimular ao amor fraterno entre irmãos e irmãs comprometidos com o Meio Ambiente, louvarmos ao Senhor como São Francisco de Assis o fez por todas as criaturas que fazem parte da vida planetária.
   Que a oração em que São Francisco louva a Deus pelas criaturas, nos inspire novas atitudes e nos ajude a ser transformados pelo Espírito de Deus de modo a resgatarmos atitudes de quem cultiva e cuida do seu jardim, esta obra maravilhosa, que hoje requer socorro dos autênticos filhos de Deus, e de todos aqueles que empreendem ações sinceras e despojadas em favor do planeta.

Quarta Feira de Cinzas

Memento homo, quia pulvis es, et in pulverem reverteris (1).

(1) Lembra-te homem, que és pó, e em pó te hás de converter.

   Esta sem dúvida deve ser a certeza que cada cristão deve carregar. Somos pó, e ao pó voltaremos. Nossa estada nessa terra é passageira. 
   A Quarta feira de Cinzas é o ponto de partida para a Quaresma. Tempo de penitência e conversão, chamado ao encontro com Deus e momento de interioridade pessoal. Durante esse período especial, vivido por toda a Igreja somos convidados a rever nossa vida; a trajetória dos nossos passos, os erros e acertos da caminhada e a  condição pequenez e fragilidade de nossa existência humana.
   Mais do que isso, somos levados a refletir sobre a temporariedade da vida, e ainda mais sobre o que estamos fazendo nas trilhas rumo a "Pátria Celeste".
   Como dizia anteriormente, como seres humanos, temos que nos reconhecer pequenos diante da imensidão que é Deus. E ainda, que Deus nos fez a Sua imagem e semelhança desejoso que participássemos de sua glória. Santo Agostinho assim nos ensina: "criastes-nos para Vós e o nosso coração vive inquieto, enquanto não repousa em vós."
   O início da Quaresma é o chamado que todos necessitamos. É preciso rever nossa conduta como filhos e filhas de Deus, e este é o tempo propício. Tempo de reconhecer que sem Deus somos simplesmente pó;  que sem Deus nossa existência nada significa, e que sem ele seremos pó que se dissipa com a força do vento das tempestades da vida.
   Que durante esse período possamos ter um encontro especial com o Altíssimo, e que todos reconheçamos nossa pequenez, para assim merecermos o abraço do pai misericordioso, assim como aquele filho que volta e enfim reconcilia-se com seu pai.
    A todos os irmãos e irmãs, confrades da OSC/RCF, desejo-lhes uma Quaresma abençoada e rica de encontros com Cristo e que a misericórdia de Deus desça sobre todos vocês.

Sd OSC/RCF William