quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Santidade: Um Ideal Católico. Será mesmo?

   Muito se ouve falar sobre esse tema, e ainda há quem questione: é possível ser santo nos dias de hoje? Ou então: santidade é uma invenção católica ou será mesmo uma prescrição divina?

  Quem acredita que a santidade é uma invenção católica nunca leu no Antigo Testamento o trecho de Levítico capítulo 19, versículo 2. Nele recebemos a prescrição que nos ordena a santidade, e é nada mais nada menos, que da boca de Javé que saem as seguintes palavras: "sejam santos, porque Eu, Javé, o Deus de vocês, sou santo." É uma ordem expressa.

   Mas essa não e uma ordem de um papa, um padre ou um católico qualquer. É uma ordem do próprio Deus. Do nosso Criador, que ao nos criar nos fez a sua imagem e semelhança. Que inseriu no nosso interior o mesmo desejo que Ele tem em si: que todos vivam em santidade a exemplo dEle.

    E se fomos criados por Deus, por que não podemos ser santos? Por que devemos negar que no nosso íntimo temos esse desejo? Não é um desejo nosso, mas um desejo do nosso Criador e Senhor. Um desejo que nos é relembrado pelo Cristo no Novo Testamento. Uma ordem e ao mesmo tempo um chamado especial dirigido a cada ser em particular, independente de Igreja ou denominação.

   Assim, todo cristão é convidado a viver uma vida santa, que nada mais é do que a tradução da vontade de Deus no nosso dia-a-dia. E ninguém pense que a santidade não admite o erro. Ora, ela não admite a permanência no erro, já que Deus não ama o pecado, mas sim o pecador. Ele não quer pessoas estritamente perfeitas que vivem a enquadrar o próximo, condenando-o por suas ações, mas pessoas que possam compreender a essência do dom da vida em toda a sua expressão, e que saibam aprender com seus erros.
  
   Nesse contexto, a vida santa é a mais profunda tradução de uma humanidade vivida nos princípios divinos, expressos nos mandamentos ditados pelo Deus Todo Poderoso. Uma humanidade entrelaçada no amor a Deus e no amor ao próximo onde nos realizamos na prática do bem e da caridade, visto que a prática da santidade é a prática concreta do amor, que nos leva não a "olhar um para o outro, mas olhar juntos na mesma direção."

    A santidade é mais do que um convite do Deus de amor e bondade. É a adesão de cada cristão aos preceitos de uma vida plena em comunidade, onde todos são chamados a realizar o projeto de Deus e a viver nesse mundo com o olhar nas coisas do alto.

   Seria uma verdadeira benção se as pessoas deixassem de lado os seus preconceitos e buscassem viver os ensinamentos de Cristo. Sem dúvida alguma teríamos uma sociedade mais justa e fraterna, e consequentemente, mais santa e voltada para os interesses da Pátria Celeste.

   Uma utopia? Talvez, ma suma meta que pode ser alcançada se levarmos a sério esse chamado de Deus.

William Ubirajara da Silva

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